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O Rio São Francisco vem ao longo de sua existência produzindo, servindo e repartindo suas benesses com a humanidade, porém esta, não está nem aí para o bem que o mencionado rio lhe oferece, isto é, se mantém indiferente às causas que provocam sua devastação, tais como:
- a construção das grandes barragens de TRÊS MARIAS, SOBRADINHO, ITAPARICA e XINGÓ, implantadas intercaladamente ao longo de seus 2863 quilômetros de extensão, indo de sua nascente na Serra da Canastra, município de São Roque- Minas Gerais à sua foz entre os municípios Brejo Grande - Sergipe e Piassabussú - Alagoas, aí desembocando no Oceano Atlântico, onde no perímetro acima mencionado, atualmente, em vez de se ver ali imensos espelhos d'água, nos deparamos é com grandes e intermináveis horizontes de areia formado pelo assoreamento de suas margens de onde diariamente são desbarrancadas milhões de toneladas de areia entupindo seu leito e transformando-o numa imensa planície desertificada;
- a desmata de suas matas ciliares e seus arredores, provocando-lhe a palidez de uma anemia profunda;
- a intoxicação com o uso desenfreado de agrotóxicos na lavoura irrigada, prejudicando assim, muitas vezes até mesmo a saúde pública pelo consumo de produtos inadequados, inclusive, aos animais silvestres e o meio ambiente
- o escoamento do esgoto sanitário com dejetos e lixos diversos dos povoados e cidades localizados nas proximidades do mencionado rio e de seus afluentes, estes que, na sua maioria eram perenes e hoje não mais o são;
- a falta de mobilidade dos órgãos governamentais, que não oferecem meios eficazes à sua revitalização, conscientizando, monitorizando e gerenciando ações que possam realmente restabelecer a saúde do VELHO CHICO;
- a TRANSPOSIÇÃO, que mais parece uma obra faraônica, pelo seu tamanho e valor econômico exorbitante, por incrível que pareça, é o menor de seus males, isso, se antes o governo tivesse obedecido os critérios da preservação ambiental e também, se tivesse promovido a implantação de sistemas de abastecimento d'água potável nas comunidades ribeirinhas. Pois, atualmente, ainda existe inúmeras localidades desabastecidas devidamente pelo precioso líquido. O que é uma vergonha para os representantes da mencionada região e uma afronta aos seus moradores, já que terão de assistir indefesos o tal procedimento da TRANSPOSIÇÃO, isto é, sua tubulação ou canalização, literalmente, passa cortando as terras ribeirinhas, deixando ali apenas o cheirinho bom de terra molhada.
Então, tendo em vista o que está relatado no mencionado texto acima, nos sentimos na obrigação moral e social de lutar pela nossa inclusão no plano de revitalização do Rio São Francisco, pois, somente assim conseguiremos ficar de bem com a causa da restauração ambiental que a maior fonte promissora do bem estar social generalizado.
Por - José Almeida Rocha do Jornal Tribuna da Região.

Curtir · Responder · 12 de maio às 01:21

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